Profundidade de campo, em Inglês DOF - por Diogo Guerreiro

Sem dúvida que a profundidade de campo é um dos controlos mais importantes na fotografia, e é essencial que compreenda a maneira como ela funciona, para que possa manipulá-la da melhor maneira possível, de acordo com as suas necessidades.
A profundidade de campo é a gama de distâncias em torno do plano focal na qual há nitidez aceitável e pode ser usada para disfarçar ou suavizar objectos dentro do enquadramento. Os fotógrafos normalmente procuram maximizar a profundidade de campos, tornando assim a imagem bastante nítida parecendo por vezes cenas ao vivo, mas existem muitas razões em que a profundidade de campo é minimizada de propósito para obter uma pequena parte da imagem focada, de forma a ficar o resto da imagem irreconhecível.
Todos os elementos fora da área de nitidez, entre a lente da câmara e o fundo, ficarão em maior ou menor grau desfocados, isto porque uma objectiva só consegue focar com precisão uma distância de cada vez.

Reparem que as fotos em cima têm um recorte onde o fotógrafo mostra com maior detalhe o objecto focado (3 de Espadas), na imagem da esquerda percebesse que as cartas em redor já começam a ficar  desfocadas, mesmo estando apenas a 5cm.

Factores que influenciam a profundidade de campo

Apesar do tamanho de impressão e a distância de visualização serem factores importantes, a abertura e a distância focal são dois elementos chave na determinação da profundidade de campo.
Quanto maior for a abertura (números F menores), a distância focal (“zoom”) e a proximidade do objecto, menor é a profundidade de campo.

Todas as imagens em cima são da autoria do fotógrafo Eduardo Guilhon

Exemplos de profundidade de campo ou DOF

Utilizando uma abertura f/11 com uma distância focal de 300 mm o fotografo suavizou o fundo dando total nitidez à flor.

Imagem de Pedro Gomes

Esta foto tirada num desafio pessoal de fotografar landscapes (paisagens) com uma lente 50mm f1.8. Geralmente esta lente é utilizada para trabalhos de moda, retratos e em estúdio muito mais que em paisagens.
Assim que vi aquele poste de rara plasticidade em seus tons vermelhos numa paisagem repleta de outras cores interessantes, resolvi recorta-lo como assunto principal, deixando as cores comporem um fundo ao invés de objectos bem definidos. Assim utilizei uma abertura de f/4 que me deu esta capacidade em função da pequena distância que me separava do objecto.
Imagem de Marcos Bonfim

A mesa tinha muitos objetos então resolvi focar nos objetos em primeiro plano. Utilizei lente 55mm e abertura f 1.2. Eu não tinha tripé, estava segurando a câmera na mão e depois de apertar o obturador permaneci o mais imóvel possível para evitar foto desfocada já que velocidade foi muito baixa.

Imagem de Andrea Yang

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